terça-feira, 3 de julho de 2012

POLEMON I DO PONTO (17-8 a.C.)

Polemon Pitodoro é mais conhecido como Polemon I do Ponto (60-8 a.C.). Foi rei do Ponto de 38-8 a.C., rei da Armênia Menor (Sofene) de 33 a 30 a.C., e rei do Bósforo de 17 a 8 a.C. Na realidade foi um rei cliente de Roma que expandiu e manteve seu “reinado” às custas de apoio à política romana no Oriente. Polemon era filho de Zenão, aristocrata e famoso orador de Laodiceia da Cária, com, possivelmente, uma mulher chamada Trifena. Quando os exércitos dos partas liderados pelo romano foragido Quinto Labieno e pelo rei Pacoro I invadiram a Síria e a Anatólia, Zenão encorajou os habitantes a resistir ao ataque e a não se submeter à Pártia. Zenão era amigo e aliado do triúnviro Marco Antônio e o ajudou contra os partas em 40 a.C. Polemon foi um fiel apoiante da política de expansão romana de Marco Antônio na Ásia Menor. Recebeu de Marco Antônio pelos serviços prestados por seu pai e pelos seus próprios, o governo de parte da Cilícia, sem título real, em 39 a.C. Em 37, trocava este principado pelo Ponto, com o título de rei e cooperou com Marco Antônio na campanha contra os partos, sendo derrotado junto com Ápio Estatiano e feito prisioneiro pelo rei parta. Foi libertado em troca de um resgate. Em cerca de 36, Polemon também governava Icônio na Licaônia.
Ilustração retratando Polemon I
Em 35 a.C., em auxílio a Antônio negociou a aliança do rei da Média Atropatene, Artavasdes I, com a República Romana em detrimento do Reino dos Partas. O Triunvirato (Otaviano, Antônio e Lépido) deu-lhe em agradecimento o reino da Pequena Armênia (sem perder o Ponto). Quando da guerra civil entre César Otaviano e Antônio, Polemon auxiliou este e Cleópatra na Batalha de Áccio (31 a.C.), mas soube concluir a paz com Otaviano. Depois da morte de Antônio (30), Otaviano confirmou Polemon como rei e o reconheceu um rei cliente de Roma e o recompensou com um cetro de marfim, um manto triunfal bordado e saudou Polemon como rei, aliado e amigo. Esta distinção foi uma tradição de reconhecimento e recompensa aos aliados de Roma. Em 16 a.C., o estadista romano Marco Vipsânio Agripa interveio na monarquia do Reino do Bósforo. Agripa descobriu que um usurpador chamado Escribônio tinha fingido ser um parente da rainha-regente Dínamis, viúva do Rei Asandro. Dínamis era neta de Mitrídates VI, rei do Ponto e do Bósforo (108-63 a.C. ) e filha de Fárnaces II. Casou-se com o estratego Asandro, sucessor do seu pai de 44 a 17 a.C. Dessa sua primeira união nasceria Tibério Júlio Aspurgo, fundador da dinastia que reinaria sobre o Reino do Bósforo vassalo de Roma até ao século IV.
Moeda do tempo do reinado de Polemon sobre o Bósforo
Escribônio quis casar-se com Dínamis para poder governar o Bósforo. Contudo, Agripa descobriu seus planos e encarregou Polemon de submeter o Reino do Bósforo. Escribônio foi assassinado pelos habitantes do Reino do Bósforo, antes da chegada de Polemon, que se autoproclamou rei, eliminando os que se lhe opunham. Agripa confirmou-o no trono e depois o próprio Otaviano, agora Augusto, senhor único de Roma e seus domínios, também o confirmou em 26 a.C. Polemon casou-se com Dínamis deixando Icônio para reinar no Bósforo. Dínamis, que não se conformara com o casamento e lutara contra seu marido, morreu na Cólquida cerca de dois anos depois e sendo seu enteado uma criança, Polemon tornou-se o único soberano do Bósforo. O seu reino abrangia o Ponto, a Cólquida e o Reino do Bósforo. Casou-se com Pitodoris do Ponto, neta de Marco Antônio, que lhe sucedeu no trono, e com ela teve três filhos: Polemon II, que foi co-regente da sua mãe; Artaxias III Zenão, que recebeu principalmente os territórios da Pequena Armênia e sua filha Antônia Trifena casou com Cotis VIII, rei da Trácia. Não teve filhos com Dínamis. Como rei do Bósforo extendeu seus domínios até ao rio Tanais (rio Don). A cidade de Tanais, que se rebelou para recuperar a sua independência, foi arrasada. Em 8 a.C. empreendeu uma expedição contra os aspúrgios, uma tribo sármata do norte das montanhas de Fanagória. Polemon foi derrotado por eles, feito prisioneiro e morto. Depois da sua morte, Aspurgo sucedeu Polemon como rei do Bósforo, enquanto a sua viúva Pitodoris, governa como a única soberana da Cilícia, Ponto e Cólquida.
Ruínas de Tanais

FONTES:
http://osreisdoponto.blogspot.com.br/2009/02/polemon-i-38-8-ac.html
http://www.lookandlearn.com/history-images/M075202/Polemon-I-King-of-Pontus-and-of-the-Bosphorus?img=6&search=Pontus&cat=&bool=phrase
http://en.wikipedia.org/wiki/Tanais

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