quinta-feira, 3 de maio de 2012

HISTÓRIA - PARTE III

Primórdios 
Inicialmente, os habitantes do Quersoneso Táurico e do Bósforo Cimeriano viviam como tantos outros povos dispersos, sem leis e sem senhores, sem constituir um Estado. Por volta de 610 a.C., os citas afastaram os cimérios do seu país, os quais retornaram alguns anos depois. É provável que neste retorno começaram a desenvolver uma espécie de reino. A história deste reino não é bem conhecida antes do V século a.C. Quando da fundação das cidades gregas, os contatos com as tribos nativas são pacíficos, permitindo o rápido desenvolvimento das relações destas novas cidades com o resto do mundo grego. 
Arquivo: citas tiro com arco antigo Panticapeum Kertch Ukrainia século 4 BCE.jpg
Artefato cita retratando dois arqueiros citas proveniente
de Panticapeu, atual Kerch,  Ucrânia.
As cidades são, em seguida, intimidadas no final do século VI a.C. pela expedição do rei persa Dario I, o Grande (522- 486 a.C.), para combater os citas. Então, no início do século V, várias poleis (cidades-estados) da região do Bósforo Cimério se reúnem sob o domínio da dinastia dos Arqueanáctidas . Especialistas supõem que a pressão exercida pelos citas é a causa dessa nova configuração política.
Campanha de Dario, o Grande, contra os citas

Os Arqueanáctidas 
Segundo Fernando Patxot y Ferrer (1812-1859) em sua obra clássica Los Héroes y las Grandezas de la Tierra, após o retorno dos cimérios, houveram reis que governaram a terra por 150 anos. Eram chamados de Arqueanáctidas, pois descendiam de Arqueanax, o primeiro rei do Bósforo Cimério. Porém os reis arqueanáctidas conhecidos somam um governo de apenas 42 anos. Depreende-se de Diodoro da Sicília (60-30 a.C.) em sua Bibliotheca Historica (XII. 31.1), que a localidade foi governada entre 480 e 438 a.C. pelos Arqueanáctidas, provavelmente uma família dominante, que deu lugar ao tirano Espártoco (438 - 431 a.C.), tido como de origem trácia (mas seu nome é de origem iraniana, como os citas, e não trácia). Ele fundou uma dinastia que perdurou até c. 110. 
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Guerreiros cimérios

Os Espartócidas
 Os Espartócidas deixaram muitas inscrições que indicam que os membros mais antigos da casa governaram como arcontes das cidades gregas e reis de várias tribos nativas, notadamente os sindos e outros ramos dos meotas. Infelizmente, os textos, inscrições e moedas não fornecem material suficiente para maior compreensão do governo desses monarcas.
File:Sindi.Warrior.jpg
Guerreiro sindo representado em estátua encontrada
na península de Talman.  Museu de Arqueologia de Kerch, Ucrânia 

Os sucessores de Espártoco unificaram a região incorporando as cidades gregas. Fizeram de Panticapeu a capital do reino. Daí podem controlar a importante passem entre o Ponto Euxino (Mar Negro) e o Lago Meótida (Mar de Azov). Isso chama a atenção dos gregos que começam a enviar embaixadores ao novo reino. O comércio se intensificou: As exportações do reino do Bósforo são baseadas principalmente no trigo e em peixes. As importações são de cerâmica, vinho, óleo e metal. O reino se expande sobre os povos não-gregos como os meotas e toreatas e procura também agregar as cidades helênicas: Sátiro I (431-387 a.C.) incorporou a cidade de Ninfeu a seus domínios, mas em vão sitiou a cidade de Teodósia, uma grande rival comercial com um porto natural livre de gelo durante todo o ano e ao lado dos campos cultiváveis da Crimeia.
File:Chatyr dag plateau2.jpg
Pnalto de Chatyr Dag na Crimeia, a antiga terra do reino do Bósforo
FONTES:
 http://ukrmap.su/en-wh6/1118.html http://es.wikipedia.org/wiki/Sindos http://fr.wikipedia.org/wiki/Royaume_du_Bosphore http://en.wikipedia.org/wiki/Bosporan_Kingdom http://es.wikipedia.org/wiki/Reino_del_B%C3%B3sforo

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